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A curiosa crise de 2008

  • lauragomescastro
  • 11 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

Muitos ouvem falar da crise econômica de 2008, conhecida como Grande Recessão, entretanto, poucos são familiares com suas razões. Diversos motivos, como a bolha imobiliária, o “predatory lending” e as “subprime mortages” resultaram em uma falência generalizada de bancos americanos. O símbolo desse colapso foi a falência do banco Lehman Brothers, no dia 15 de setembro de 2008.

Na década de 1990, ocorreu o aumento na concessão de empréstimos (oferta de crédito). Assim, com essa economia crescente e os juros baixos, mais pessoas realizavam empréstimos. Os devedores colocavam suas propriedades como garantia, prática denominada “hipoteca”. Alguns bancos concediam empréstimos que tinham como garantia um imóvel já hipotecado, além de não comprovarem a renda do cliente, ou seja, não era possível saber se a pessoa conseguiria honrar suas dívidas (“subprime mortages”). Esse dinheiro era investido principalmente em outros imóveis, o que valorizou esse mercado.

Com a grande procura imobiliária, ocorreu à desvalorização das propriedades e aumento nas taxas de juros, prejudicando diversas pessoas, visto que essas compraram mais caro do que o valor atual. Incapazes de pagar o que deviam, tentavam renegociar o contrato ou realizavam novos empréstimos, hipotecando uma mesma propriedade.

Por exemplo, alguém realizava um empréstimo, utilizando a própria residência como garantia e, com esse dinheiro, comprava um imóvel, acreditando na valorização ainda maior do mercado. O contrato com o banco determinava parcelas de $1000,00 (dólares americanos) e, apesar de receber $2000,00 mensalmente, afirmava ter um salário de $5000,00. Com o tempo, o imóvel desvalorizava e passava a valer metade do preço original, e as taxas de juros apenas cresciam. Para conseguir pagá-las, realizavam outros empréstimos, hipotecando sua casa novamente.

Confiando que os clientes quitariam suas dívidas, os bancos vendiam investimentos lastreados nessas hipotecas que, na realidade, já serviam como garantia para outros diversos empréstimos (“títulos podres”). Por apresentarem ótimas rentabilidades, foram comprados por diversos investidores e instituições.

Essa supervalorização dos imóveis foi denominada bolha imobiliária. O consequente processo de desvalorização dos mesmos, a venda de títulos podres e as "subprime mortages" resultaram no estouro de tal bolha. Em adição, com o banco Lehman Brothers declarando falência, diversos outros investidores, instituições e pessoas também quebraram, devido à dependência que tinham um nos outros. Isso resultou em uma crise financeira que atingiu diversas outras nações e no desemprego de milhões de pessoas ao longo dos Estados Unidos.

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