top of page

Fascismo Tropical: Explicando o lema “Deus, Pátria e Família”. | Por: Artur G. Miranda

  • Foto do escritor: Artur G. Miranda
    Artur G. Miranda
  • 11 de dez. de 2022
  • 1 min de leitura


Os discursos de Bolsonaro são permeados de referências discretas ao fascismo. Em seu primeiro discurso depois da vitória tímida de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2022, Bolsonaro disse que a forte representação do bolsonarismo no congresso mostra a força de seus valores: “Deus, Pátria e Família''. Esse lema, usado por Bolsonaro e seus apoiadores diversas vezes, ecoa em duas culturas políticas de massa dos anos 30: O integralismo brasileiro e o fascismo europeu.

Esse lema nasce na França da Segunda Guerra, dominada pelo impiedoso Império Nazista. Ele substitui – em um processo de apagamento de tais valores – o lema iluminista de “liberdade, fraternidade e igualdade''. O moto francês na guerra era: “Trabalho, Pátria e Família”. No Brasil, o lema que Bolsonaro usa em seus discursos vem da Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento de inspiração fascista e reacionária criado por Plínio Salgado em 1932. Um discurso integralista de 1936 dizia: “(...) O que se jura - está claro – (é) obedecer para batalhar, no sacrifício e no sofrimento por Deus, pela Pátria e pela Família.”.

Quando Bolsonaro usa o lema, ele acena para a história do fascismo brasileiro e europeu, que naturalmente exclui formas diferentes de se organizar e viver, coletiva e individualmente. O Brasil que se pauta por esse moto segue um roteiro intensamente intolerante. Exclui pessoas de religiões fora do núcleo cristão, pessoas LGBTQIA+ com tipos diferentes de família e dissidentes da pátria que Bolsonaro idealiza para o país: uma pátria conservadora, patriarcal, branca e cristã.


Fontes:


 
 
 

Commenti


  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn
  • YouTube
  • TikTok

© 2022 Jovem Político.

bottom of page