Lastro financeiro
- Artur Pacheco
- 8 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Lastro, no mundo da economia, é um conceito relativamente antigo, mas que voltou a ser discutido, em grande parte, por conta do surgimento das criptomoedas. No explicando de hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre esse conceito e sua aplicação.
Basicamente, lastro é uma garantia do valor de um ativo. Para entender melhor, podemos pensar que, quando uma pessoa faz um empréstimo, o banco pede algum bem como garantia (imóveis, veículos, máquinas etc.), sendo que esses bens funcionam como um lastro. Outro exemplo é a emissão de moeda. No passado, para atrelar valor ao dólar seguia-se o padrão-ouro, ou seja, o valor dado ao dólar estava diretamente relacionado à quantidade de ouro que o governo americano possuía em suas reservas.
Contudo, hoje em dia, não se segue mais o padrão-ouro, havendo um lastro muito mais subjetivo. Como, por exemplo, o PIB, a balança comercial e, especialmente, a relação de confiança entre as pessoas, o banco central e o mercado, já que mesmo sem haver um parâmetro bem definido para a emissão de moeda, todos acreditam que ela tem valor.
E em relação às moedas digitais? Elas possuem lastro? Em sua maioria, não. Por funcionarem de maneira descentralizada, sem vínculo a entidades ou países, elas, geralmente, não têm garantias atreladas a algum ativo. Apesar disso, assim como o lastro “convencional”, o modo como tais moedas foram programadas também prevê a escassez delas. No caso do Bitcoin, por exemplo, seu próprio algoritmo prevê uma oferta máxima de 21 milhões de unidades.
Entretanto, como dito, isso se refere a maioria das moedas digitais. Uma exceção são as stablecoins, como a tether (USDT), a qual possui lastro em dólar na proporção de 1 para 1. Dessa forma, a empresa responsável por sua emissão possui reservas em dólar que garantem que um token equivale a pelo menos 1 dólar.
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