Míssil e foguete: qual a diferença?

No cotidiano, ouvimos diversas notícias e relatos de exércitos em ação e guerras ao redor do globo. Com as operações militares estadunidenses, testes de projéteis pela Coréia do Norte e a recente Guerra Russo-Ucraniana, termos como “míssil” e “foguete” são bastante utilizados. No dia a dia, é comum ouvir alguém, erroneamente, tratando ambos como se fossem a mesma coisa, sendo que possuem diferenças notáveis. Para evitar a confusão, entenda essa discrepância.

Inicialmente, é necessário entender a história de ambos os termos. O termo foguete era usado para designar um sistema de propulsão de flechas, e suas primeiras evidências sólidas datam do século XIII, na China. Já míssil era uma palavra utilizada para denominar qualquer projétil lançado por um objeto, incluindo até mesmo canhões. Assim, ambos eram basicamente a mesma coisa, mas com a evolução da tecnologia e doutrina militar, atualmente, um míssil é entendido como um projétil teleguiado.

Um foguete atualmente não se trata apenas de um recurso de destruição, mas também é entendido como sinônimo de nave-espacial, e com seu sistema de motor-foguete, atinge velocidade suficiente para sair da atmosfera. Militarmente, é um projétil lançado por um lançador de foguete e, uma vez no ar, utiliza da sua força de propulsão para subir e, quando esta acaba, descreve uma trajetória balística (curva feita do ponto inicial até sua queda). O cálculo de seu trajeto é feito previamente, pois uma vez no ar, não pode ter sua rota alterada, ou seja, normalmente são empregados contra alvos extensos, já que sua precisão é menor.

Já os mísseis, apesar de também saírem de lançadores e utilizarem de motores de foguete, ainda são bastante diferente. Seu sistema de guia permite determinar a localização do projétil e do alvo, de maneira que possa ter sua trajetória alterada ao longo do percurso. Assim, um controlador por terra pode determinar seu caminho, e alterá-lo mesmo no meio do percurso. Por isso, seus alvos podem ser menores e mais específicos, já que possuem alta precisão.

Dessa maneira, pode ser observado que apesar de já terem sido similares, agora possuem diferenças que os distinguem. Apesar da familiaridade dos termos, e sua origem parecida, saber distingui-los é essencial para falar sobre o assunto sem medo.