O Imperialismo e a Captura de Peças Históricas
- mariafernanda560
- 3 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Durante o Período Imperial, potências europeias dominavam e colonizavam países africanos, saqueando partes importantes de sua cultura e reivindicando a posse de cerâmicas, máscaras, adereços etc. Entretanto, não foram retiradas apenas peças africanas de seu país de origem, como por exemplo as colunas do Partenon e as Esfinges Turquias.

Nos dias atuais, porém diversos países estão pedindo seu patrimônio de volta, com o argumento de que foram roubados deles e que são seus por direito. Durante o período da expansão marítima e conquista de novos territórios, os invasores levavam peças importantes culturalmente para os invadidos, enquanto que estes não poderiam fazer nada para impedir. De acordo com o arqueólogo Sam Hardy: "A circulação ética e legal dos bens culturais beneficia os países em que as obras originaram-se", ele ainda afirma que "A retenção de antiguidades que foram extraídas em expedições punitivas é uma perpetuação intolerável da violência colonialista".

Em contrapartida, a Inglaterra, Espanha, Alemanha, entre outros, defendem-se dizendo que os objetos levados décadas atrás não deveriam retornar aos seus países de origem. A justificativa é de que nos museus do Louvre, de Benim e Britânico, a maior exposição das peças levaria à conscientização das pessoas, e seria uma forma de trazer visibilidade para culturas marginalizadas. Além disso, usam a desculpa de que as peças ficam mais protegidas e conservadas onde estão. "Quando as obras podem ser visitadas e, além disso, são acessíveis ao público, isso ajuda a neutralizar os argumentos sobre a titularidade, porque o importante é que tenham a maior difusão possível" diz Gabriele Finaldi, diretor da National Gallery, de Londres. Assim, parece impossível decidir qual discurso é o correto e qual decisão deveria ser tomada.

Entretanto, o Museu Britânico se recusa a devolver as colunas de Atenas para a Grécia, que as espera com um museu pronto para abriga-las, refutando o argumento da maior proteção. O país conta também com o apoio da população inglesa, mas sua jornada para recuperar o mármore continua estagnada.
Por outro lado, o presidente francês Emmanuel Macron tomou a decisão de, em um prazo de cinco anos, criar as condições necessárias para restituir o patrimônio africano, de forma “temporal ou permanente”. O museu Quai Brainly-Jacques Chirac possuí um acervo de mais de 70.000 objetos da África subsaariana. Tal atitude cria esperança para países como o Egito, que há muito reivindicam peças roubadas, tendo, até hoje, recebido apenas respostas negativas.

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