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Os usos do censo demográfico e sua realização

  • Foto do escritor: Jovem Político
    Jovem Político
  • 10 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura

​O censo demográfico, também chamado de recenseamento, é uma pesquisa realizada na maioria dos países, como uma maneira de coletar dados e formar estatísticas sobre a população do país. Na maioria das nações, é realizada em intervalos de 10 anos. O órgão governamental IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é o responsável pela realização de tais pesquisas e apuração das informações coletadas.


​A primeira ideia de censo aconteceu ainda no Primeiro Reinado brasileiro, denominado Censo Geral do Império, buscando revelar a população do país em 1872. Em 1890, ocorreu o primeiro censo durante o período republicano do Brasil, onde os dados eram coletados especialmente de cidadãos casados e batizados. Com a constituição de 1891, foi determinado o recenseamento a cada década, que vêm sendo realizado até a atualidade.

O objetivo do censo demográfico é retratar a realidade de uma população através de seus mais diversos aspectos. Sua condição de vida é analisada por meio da verificação de nível de escolaridade, saúde, segurança, saneamento básico, renda, dentre outros fatores. É uma maneira de demonstrar ao Governo Federal as condições de sua população, facilitando a busca por correções dos problemas da pátria. Além disso, incentiva investimentos do setor privado e possibilita pesquisas e artigos científicos.


​O censo brasileiro é realizado por dados amostrais e não amostrais. Um questionário básico, com 20 questões, é enviado para todos os domicílios brasileiros, e suas perguntas buscam compreender o máximo possível do entrevistado nessa quantia limitada. Já o questionário amostra é feito com apenas 10% dos cidadãos, com 70 questões, mais detalhadas e específicas. A partir do censo de 2010, os questionários que antes eram feitos em papel, passaram a ser eletrônicos, com GPS, facilitando a sua localização. Após a coleta, os dados são compilados, apurados e, por fim, disponibilizados para a população. A participação no censo é um dever legal, e sua não-colaboração acarreta em multa.


​Quanto aos fatores analisados, eles podem ser sociais, econômicos ou de multidomínio. Os econômicos tratam dos setores da agropecuária, indústria, serviço, comércio, finanças e contas públicas, além do informal. Já os sociais representam as características da população e seu acesso à saúde, educação, habitação, trabalho e sua renda. O multidomínio é a união de ambos fatores, como por exemplo, cultura, turismo, ciência, meio-ambiente e condições de vida.


​Com a recente pandemia da COVID-19, polêmicas surgiram em relação ao censo demográfico de 2020. Por conta do avanço do vírus no país, o censo foi adiado para 2021, buscando destinar recursos à saúde. A pesquisa do ano seguinte, com aprovação do Congresso Nacional, sofreu um corte orçamentário de 96%. A diretora do IBGE disse conseguir realizar o levantamento com R$ 2,3 bilhões, valor encolhido para 2 bilhões com a mudança do ano da pesquisa. A Lei Orçamentaria Anual foi a responsável por reduzir o valor para R$ 71 milhões.


​Devido à falta de recursos, o censo foi mais uma vez adiado e ocorrerá neste ano de 2022. Os preparativos estão sendo realizados desde 2021, com as provas para agente censitário e recenseador ocorrendo em abril e maio. Os recursos não são os mesmos das décadas anteriores, mas espera-se um resultado mais apurado do que caso tivesse sido realizado em 2020.

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