Resultados do Carnaval
- Jovem Político
- 2 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de abr. de 2021
Depois de um ano de pandemia, convivendo com o vírus e lidando com as causalidades, o número de casos continua crescendo. Apesar do governo ter tomado diversas medidas para evitar aglomerações, sabemos que tais regras não têm sido seguidas por grande parte da população; praias lotadas, bares cheios, festas e baladas, todos se tornaram - novamente - comuns.
Agora, porém, a discussão é o carnaval, o qual, mesmo tendo sido adiado e proibido, teve grandes impactos na situação da COVID-19. Multidões foram avistadas sem máscaras nas ruas, praias e bares durante o feriado. De acordo com o infectologista Álvaro Furtado Costa, do Hospital das Clínicas e Faculdade de Medicina da USP, esses ambientes “são totalmente propícios para a transmissão do coronavírus". E segundo a sanitarista Ligia Bahia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) "Temos hoje um repique relacionado aos eventos de fim de ano e suas aglomerações e podemos esperar que acontecerá de novo em função do carnaval. Não digo em relação às festas, mas ao feriado. Hotéis ocupados, pessoas viajando, um deslocamento grande”. E, de fato, foi isso que aconteceu: os números de óbitos, que já haviam chegado a 1.452 (o pior índice registrado em 2021 e o terceiro pior desde o começo da pandemia) por conta dos efeitos do Natal e do ano novo, continuam a aumentar.
O Brasil ainda está se recuperando das aglomerações do Natal e do ano novo, apesar de terem ocorrido há dois meses. A partir de agora, começamos a somar os efeitos do carnaval a esse crescimento preocupante de casos e óbitos. Um feriado com dois ou três dias de festas e aglomeração intensa nos faz ficar meses tentando reverter e enfrentar suas consequências, principalmente com o vagaroso andamento do processo de vacinação. Seguir as regras de segurança e manter o distanciamento social é fundamental para a manutenção do controle nessa pandemia.
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